domingo, 27 de novembro de 2011

Aceitar a si mesmo


Certo dia, um Samurai, que era um guerreiro muito orgulhoso, veio ver um Mestre Zen. Embora fosse muito famoso, ao olhar o Mestre sua beleza e o encanto daquele momento, o Samurai sentiu-se repentinamente inferior. Ele então disse ao Mestre:
- Por que estou me sentindo inferior? Apenas um momento atrás, tudo estava bem. Quando aqui entrei, subitamente me senti inferior e jamais me sentira assim antes. Encarei a morte muitas vezes, mas nunca experimentei medo algum. Por que estou me sentindo assustado agora?
O Mestre falou:
- Espere. Quando todos tiverem partido, responderei.
Durante todo o dia, pessoas chegavam para ver o Mestre, e o Samurai estava ficando mais e mais cansado de esperar. Ao anoitecer, quando o quarto estava vazio, o Samurai perguntou novamente:
- Agora você pode me responder porquê me sinto inferior?
O Mestre o levou para fora. Era uma noite de lua cheia e a lua estava justamente surgindo no horizonte. Ele disse:
- Olhe para estas duas árvores: a árvore alta e a árvore pequena ao seu lado. Ambas estiveram juntas ao lado de minha janela durante anos e nunca houve problema algum. A árvore menor jamais disse à maior: "Por que me sinto inferior diante de você? " Esta árvore é pequena e aquela é grande - este é o fato, e nunca ouvi sussurro algum sobre isso.
O Samurai então argumentou:
- Isto se dá porque elas não podem se comparar.
E o Mestre replicou:
- Então não precisa me perguntar. Você sabe a resposta.
Cada ser humano é único, é uma fração do Universo, mais inteiro em sua natureza.
Não existem duas pessoas iguais, seja você mesmo e aprenda a aceitar quem você realmente é, nunca deixe que as pessoas digam quem você deve ser, essa escolha só você pode tomar.
Pois, quando você estiver diante do Todo Poderoso e tiver que prestar contas de seus atos, você não poderá dizer que não sabia o que fazia, que alguém te influenciou a tomar esta ou aquela decisão. Não, isso não vai adiantar.
Porque somente você responderá por seus atos e mais ninguém. Muitas das vezes medimos o grau da nossa felicidade pela felicidade alheia, assim como as nossas derrotas e conquistas, infelicidades, esperanças, desejos, metas, projetos.
E esquecemos que o caminho que escolhemos para trilhar, só pode ser percorrido por nossos pés e de mais ninguém.
Porque cada experiência que se vive, é única, intransferível, não serve de padrão para os demais. Temos e não podemos negar exemplos de grandes homens que podem ser seguidos, mais nunca igualados, sentidos na mesma profundidade, pois foram suas experiências e não a nossa.
O grande homem é aquele que sabe reconhecer a grandeza das outras pessoas, mas busca aprendê-las com as mesmas para se tornar grande também.
Aprende que as frustrações, os reversos que experimenta na vida estão dentro do tolerável, dentro da Lei divina. Não busca mudar o Universo para melhor viver, mais busca adaptar-se no mesmo para continuar sua jornada evolutiva.
Ele busca romper certos paradigmas, age como o rio que se adapta as saliências do leito para seguir adiante, sem opor resistência ao mesmo.
Se ainda não sou aquele que gostaria de ser, paciência, o simples fato de se reconhecer que se deve melhorar, já é um grande e importantíssimo passo. Depois, basta dar o segundo...

Pense nisso!

- Claudio Louzeiro

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