1.8

Você sempre doce, eu sempre moleca =)

Hoje? Hoje eu não consegui planejar nada. Em seu niver de 18, uma idade marcante... Não planejei nada. Então, como eu gosto de escrever e sei que você fica surpresa com isso, vou deixar minha imaginação rolar solta.
De onde posso começar? Talvez, quando nos conhecemos. Afinal, quando nos conhecemos? Eramos crianças demais para lembrar da primeira vez que nos falamos. A coisa mais antiga que me lembro, é a sensação de saber que você era minha melhor amiga. E olha que temos a foto no seu quadro pra comprovar o quanto eramos babys.
Foram planos de Deus, que fez nossos pais serem amigos para que nós duas pudessemos crescer juntas, com a diferença de um ano. Ás vezes parece muito, quando você começa a amadurecer primeiro do que eu, como na ultima vez que brincamos juntas e depois de uma festa, começamos apenas a conversar. Mas ás vezes parece pouco, quando conseguimos estabilizar nossas vidas em um mesmo patamar, como o colegial e o técnico, vida louca que nós faziamos.
Mas... Ainda assim, desde criança a considerei minha melhor amiga. E como amigas, descobrimos as coisas da vida juntas, com nossas diferenças. Eu amava brincar com algo relacionado a animal, você amava barbie. Eu queria ter 15 anos, você 18... Com essas diferenças veio a briga. Você lembra nossa briga? Duas crianças a quase um ano sem se falar, foi tempo demais para quem aparecia na casa uma da outra todo dia para brincar no parquinho. Toda a confusão por causa de um bolo feito de areia com coisas bobas escritas.
Uma coisa que a amizade proporciona é aprender a desculpar depois das brigas e discussões. Bom, nossa amizade é unica, brigamos feio apenas duas vezes. As outras foram apenas discussões, mas se entendendo no mesmo dia. De resto, sempre estavamos juntas.
Falando em juntas, teve uma época em que estavamos grudadas uma na outra. Sua tia até brincava que a gente era namoradas. Onde uma tinha festa, a outra estava junta. E sabe há quanto tempo isso? Apenas a 3 anos, pois foi quando o Nicholas fez 1 aninho.
Então, estamos passando por outra fase. A da distancia. Vidas loucas, como as nossas, acabam deixando os amigos de lado, mesmo quando moram a meia quadra de distancia. Mas ainda assim, ainda tenho a sensação de que é minha melhor amiga.
Eu você eu sei que posso confiar, falar qualquer besteira e fazer você rir ou me olhar como se eu fosse idiota. Normal, eu sou mesmo. Mas a gente descobriu a dor de uma decepção amorosa juntas, descobrimos amores pela net, amigos falsos... Mesmo passando em fases diferentes, a gente tava uma com a outra pra contar as coisas, nem que tivesse passado uns dias e a dor fosse menos, mas sempre estamos unidas.
Acho que você é a unica que me conhece como eu sou, sabe meus gostos, as besteiras que eu falo, meus gestos, expressões. Posso arriscar que me conhece pela cara? Pelo olhar? Pela voz?
Enfim, ainda distante, você continua sendo minha melhor amiga. Minha branquela fofa e baixinha que copia minhas vontades de como cortar o cabelo.
Sempre será você e isso não vai mudar. Porque... Eu admito. Eu tinha medo quando menor, medo de que a gente acabasse morando longe e perdesse o contato, medo de não te ver mais. Quando você falava em comprar casa em outro lugar, eu não queria que fosse. Eu tinha medo de te perder.
Mas com a vida que a gente leva... Se a gente morar longe deve-se encontrar mais vezes do que agora.
Então, você sempre será minha melhor amiga. Aquela que vou contar meus segredos mais ocultos, em quem eu vou sempre confiar.
Eu te amo, Laísa S. Fahl. E é pra sempre.

- Cláudia L.